Olá logístico, tudo bem? ✌️ Seja muito bem-vindo a nossa plataforma digital de aprendizado na área de logística e supply chain! Neste artigo vamos aprender sobre o conceito de logística.
Segundo o Conselho Internacional dos Profissionais de Logística e Supply Chain (CSCMP) a logística é o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender às exigências dos clientes.
Neste artigo, vamos entender o significado de logística, um pouco da sua história, sua importância para as empresas e como é o seu funcionamento. Boa leitura! 📰
O que é logística?
Segundo o Conselho Internacional dos Profissionais de Logística e Supply Chain (CSCMP), a logística é o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender às exigências dos clientes.
Em outras palavras, o conceito de logística engloba toda a operação de entrada de materiais até a expedição de produtos. Por ser um objeto de estudo muito abrangente, a logística é dividida em relação aos seus processos, tais como: armazenagem, distribuição e transporte. Além disso, o conceito abrange os processos reversos, internacionais e de suprimentos.
A logística assumiu um papel estratégico dentro das empresas, sendo visto como um elemento chave para alcançar ótimos resultados. Hoje a logística incorpora conhecimentos de áreas como: engenharia, economia, marketing, estatística, tecnologia e recursos humanos.
História da logística
Antes de se tornar o que é hoje, a logística teve papel fundamental em inúmeros eventos de nossa história. Podemos afirmar que, a logística acompanhou o desenvolvimento humano, do passado aos dias atuais. Nossos antepassados utilizavam a logística mesmo antes dela assim ser conhecida.
Conhecer um pouco da história da logística faz com que possamos entender melhor como ela se tornou parte fundamental em nossa vida. Até hoje não se sabe ao certo quando surgiu a logística, mas certamente ela surgiu da necessidade de sobrevivência do homem.
Qual era o papel da logística na antiguidade?
Primeiramente, as evidências a respeito da utilização de processos logísticos no passado ainda são muito escassas. Contudo, historiadores relatam que a mais de 12 mil anos atrás, na época da pedra, nossos ancestrais passavam a conhecer a agricultura. Dessa maneira, os povos antigos migravam para as regiões com as condições e recursos mais favoráveis. Além disso, através da agricultura os povos passaram a guardar os alimentos além da sua capacidade de consumo imediata, criando os estoques. A administração dos alimentes estocados permitiu a sobrevivência da nossa espécie em épocas de escassez.
A civilização egípcia utilizava armazéns públicos para a manutenção do vasto Império do Egito ao longo do Rio Nilo, nos vales alagáveis, produzindo e colhendo grãos para sustentar a população nas entressafras ou no desabastecimento, cerca de 2000 a 1800 a.C., ocorrendo o mesmo também nas margens dos Rios Tigre, Eufrates e Ganges
(ANTUNES, 2005)
Cerca de 7 mil anos atrás, temos evidências da utilização de troncos de árvores como embarcações em atividades pesqueiras. Este relato é a prova da utilização de um meio de transporte que não fosse animal. No ano 3500 a.C houve o surgimento da roda, e com isso o desenvolvimento e avanço dos meios de transporte terrestre.
Com o desenvolvimento dos veículos (embarcações e carruagens), e o surgimento das rotas comerciais a logística começava a ganhar cada vez mais espaço. As viagens eram longas, de modo que os comerciantes já praticavam técnicas de estocagem de produtos nos veículos com o objetivo de aumentar a capacidade de estoque e evitar as perdas. De forma arcaica, já iniciava estudos sobre a demanda por determinados produtos, assim como a cartografia se desenvolvia tornando os caminhos mais rápidos e eficientes.
A revolução industrial também teve papel importante para a história da logística. A máquina a vapor permitiu a produção em massa de itens artesanais. Dessa maneira, o problema da alta oferta de produtos foi resolvido com outra solução logística: a distribuição em massa. Em razão dessa demanda, foram criados meios de transporte e comunicação, como trens, navios e o telégrafo.
Dessa maneira, técnicas e práticas logísticas já eram utilizadas antes mesmo de assim ser conhecida. Portanto, mesmo nos tempos mais remotos a logística já estava presente e teve um papel fundamental no desenvolvimento da humanidade.
Logística militar
Apesar do surgimento nos tempos mais remotos foi no contexto militar que a logística ganhou papel de protagonista. Isso porque, o transporte das tropas, armamentos, carros de guerra, suprimentos até os locais de combate era algo que exigia um exímio planejamento, organização e execução das tarefas.
Segundo Ballou (1993), muito antes de interessar aos homens de negócios, de forma organizada, a administração da logística militar já tinha se desenvolvido. De acordo com uma frase difundida nos meios militares, atribuída a variados autores: “Amadores discutem tática e estratégia, profissionais discutem logística”. James Roche, secretário da Força Aérea dos EUA, citou a frase ao relatar os aspectos que condicionaram a campanha norte-americana vitoriosa no Iraque, em 2003.
Na antiguidade, os fortes e castelos eram armazéns estratégicos supridos pela agricultura e pecuária do entorno deles. Desse modo, conquistar um castelo era importante não só para marcar um território, mas também para estocar a produção e expandir a conquista para territórios vizinhos. Além dos pontos físicos estratégicos o caminho percorrido pela tropa também tinha grande importância. Pois, percorrer uma distância maior, mas que trouxesse maior benefício e um menor desgaste à tropa poderia significar enorme vantagem nas frentes de batalha.
Apesar da logística já ser material de guerra, a realidade é que somente na 1° Guerra Mundial, a palavra ganhou maior relevância. Utilizava-se termos como administração, organização e economia de guerra como sinônimos ao que hoje conhecemos como logística.
A verdadeira tomada de consciência da logística como ciência teve sua origem nas teorias criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA que, no ano de 1917, publicou o livro “Logística Pura: a ciência da preparação para a guerra”. Segundo Thorpe, a estratégia e a tática proporcionam o esquema da condução das operações militares, enquanto a logística proporciona os meios. Assim, pela primeira vez, a logística situa-se no mesmo nível da estratégia e da tática dentro da Arte da Guerra.
De fato, a logística ganhou grande destaque dentro do cenário militar. O passado foi marcado por uma grande quantidade de conflitos, sendo a logística uma estratégia vital nos campos de batalha. Somente após a 2° Guerra Mundial, a palavra “logística” deixou de estar diretamente ligada ao contexto militar, e passava então a fazer parte da rotina e estratégias das empresas.
Origem da palavra logística
Desde já, sabemos que hoje a palavra logística está presente em nosso cotidiano. Atividades de transportes, armazenamento, administração, operações produtivas, bem como o comércio de modo geral estão diretamente ligadas a palavra logística. Apesar disso, a palavra logística não é um termo recente.
No passado, o comercio e à literatura acadêmica deram a logística uma grande variedade de nomes, tais como: distribuição física, gerenciamento de materiais, engenharia de distribuição, gerenciamento logístico de materiais, logística empresarial, gerenciamento de cadeia de distribuição, logística de distribuição, logística Industrial, logística de marketing e logística de transportes. Contudo, de um modo ou outro, todos significando essencialmente a mesma coisa: o gerenciamento do fluxo de materiais do ponto de origem ao ponto de consumo.
A origem da palavra logística vem do francês LOGER, que significa acolher ou alojar. Desse modo, a palavra era utilizada para descrever o processo da movimentação, gestão de suprimentos e manutenções de forças militares. Os confrontos militares da época eram caracterizados por grandes distâncias entre os combatentes, longo período de duração, e grande quantidade de recursos necessários.
Na antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino também existem evidências da utilização da palavra. Os militares com o título de Logistikas eram os responsáveis por garantir recursos e suprimentos para a guerra. Dessa forma, o nome faz referência a habilidade de fazer os cálculos e utilizar a lógica. Podemos afirmar historicamente que, os Logistikas foram os primeiros profissionais da área de logística e supply chain.
História da logística no Brasil
Em 1960 o mercado brasileiro não era dinâmico, informatizado e amplamente globalizado como atualmente. O cenário dominado por poucas empresas e apresentava baixa concorrência pela venda de produtos, que tinham ciclos de vida mais longos. Entretanto, o avanço da tecnologia, meios de comunicação e transporte tiveram um papel fundamental para mudar este contexto.
Com mais informação, os clientes começaram a se tornar mais exigentes. Dessa maneira, novas empresas surgiram com o objetivo de atender as novas demandas. Não estava previsto, mas uma maior variabilidade e quantidade de produtos começou a caracterizar rupturas nos estoques das empresas.
A busca por opções para reposição, transporte e distribuição passou a ser constante e avançava na mesma proporção dos custos e da superlotação nas operações, que ainda dependiam de processos manuais. Para completar, a crise do petróleo de 1970 impactou intensamente o preço de toda a cadeia de abastecimento, dominada pelo modal rodoviário.
A preocupação com a dinâmica dos produtos se estendia para a pós-produção, e alternativas como transportes multimodais ganhavam cada vez mais espaço. Os trabalhos manuais passavam a ser substituídos pela tecnologia caracterizando em maior agilidade, confiabilidade e produção.
A inclusão de cálculos para estudos com administração, distribuição, movimentação e armazenagem de materiais teve início nos anos 1990. O Plano Real proporcionou o aumento do poder de compra dos consumidores. Novamente, os clientes se tornam mais exigentes, e o preço do produto passa a não ser fator determinante no processo de compra.
Além disso, a abertura do mercado brasileiro ao mundo globalizado gerou aumento na concorrência. O comércio exterior (COMEX) começava a crescer de forma significativa no cenário nacional. As empresas passavam a não olhar somente para o processo produtivo e sim para todo o canal de distribuição buscando maior cooperação e integração desde o fornecedor até o consumidor final.
Com a estabilização da moeda brasileira, a administração dos custos logísticos se torna mais organizada. A informática cresceu com a Tecnologia da Informação (T.I), o desenvolvimento de softwares como o Warehouse Management System (WMS), para controlar e otimizar a movimentação de mercadorias, os códigos de barras e os sistemas para o gerenciamento de transportes (TMS).
A evolução da internet trouxe o e-commerce, e os desafios da logística se multiplicaram com a terceirização, absorvendo informações para que os estoques diminuam os custos e os prazos, enquanto se buscam melhorias contínuas para agregar valor. A história da logística no Brasil fica ainda mais complexa com a chegada da logística reversa, embora ainda muito voltada às atividades do pós-venda.
Os diferentes tipos de formação em logística surgiram somente por volta dos anos 2000. Desse modo, o mercado brasileiro começa a se capacitar para atender o mercado cada vez mais competitivo e exigente.
Evolução da logística
Atualmente, podemos comprar produtos de todas às partes do mundo. Agilidade, confiabilidade, qualidade e segurança são características que se desenvolvem mais a cada dia dentro do ambiente das empresas. Tudo o que hoje vivenciamos e o constante desenvolvimento é graças a evolução da logística. Através dos caminhos da logística o mundo se torna mais conectado, competitivo e desenvolvido.
Mas nem sempre foi assim. Isso porque, até entrar no ambiente estratégico das empresas a logística percorreu um grande caminho. Com a ascensão do capitalismo e o comércio mundial, os grandes empresários identificaram que as práticas de logística anteriormente usadas no contexto militar poderiam ser inseridas no meio coorporativo. Dessa maneira, a logística passou a fazer parte da rotina das empresas, surgindo o que hoje conhecemos como a logística empresarial.
A logística empresarial engloba os processos necessários para colocar os produtos no lugar certo, no momento certo, e nas condições desejadas, dando ao mesmo tempo a melhor contribuição possível para a empresa. O conceito se desenvolveu ao longo dos anos, sendo o caracterizado por quatro diferentes fases, vistas a seguir:
1° Fase: Especialização
Primeiramente, aliada aos conceitos de qualidade, até 1960 a logística tinha pouca ou nenhuma integração aos demais processos da empresa. Nesta época o grande objetivo era o estabelecimento de um canal de distribuição eficaz, capaz de entregar os pedidos dentro dos prazos estabelecidos com os clientes.
Nesta primeira da evolução da logística fase a ótica era operacional. Ou seja, ela preocupava-se apenas em transportar os produtos acabados ao menor tempo possível aos clientes.
2° Fase: Eficiência
Na década de 70 as empresas perceberam que era necessário integrar os processos com o objetivo de otimizar a produção, reduzir os custos e aumentar a qualidade de produtos e serviços. Nesta fase o foco era a operação da empresa. A produção deveria estar ligada a capacidade de estoques e escoamento dos produtos. A variabilidade de produtos exigia uma administração eficiente dos itens estocados.
Diferente da primeira fase, a segunda fase da evolução da logística, agora preocupava-se com o nível dos estoques e a capacidade produtiva da empresa. Desse modo, a produção estava condicionada a capacidade de estoque ou distribuição.
3° Fase: Eficácia
Olhar para o ambiente e processos internos da empresa já não era totalmente suficiente. Na relação com os clientes não bastava atender, é necessário encantar. Logo, além de integrar os processos internos da empresa também era necessário estar ligados aos clientes. Surge neste contexto o conceito do serviço ao cliente.
Os melhores resultados operacionais de nada tinham valor se os clientes não estiverem de fato satisfeitos com o serviço prestado pela empresa. Desse modo, o foco da terceira fase da evolução da logística agora era o atendimento as necessidades dos clientes, alinhado a máxima capacidade produtiva.
4° Fase: Integração
Por fim, a última fase do desenvolvimento da logística é caracterizada pelo nosso atual contexto. Hoje, as empresas de sucesso integraram toda sua cadeia de suprimentos (supply chain management). Isso quer dizer que, desde fornecedores aos clientes, todo o processo da compra de insumos, até a entrega do produto ao destino existe uma ligação.
Todos os processos de uma empresa estão intimamente relacionados a sua demanda e ao atendimento das necessidades dos clientes. Atualmente, a função logística interage basicamente com quatro setores das empresas: marketing, finanças, controle da produção e gestão de recursos humanos.
Dessa forma, para as empresas se manterem competitivas no mercado, é necessário utilizar a logística para organizar e melhorar a gestão. Hoje o ponto chave é proporcionar não somente o melhor produto, e sim a melhor experiência. Transportes mais ágeis e seguros, estoques configurados conforme a demanda dos clientes, elevado nível de desempenho operacional, redução de desperdícios são alguns dos caminhos logísticos no sentido ao sucesso empresarial. E como vimos, são os caminhos logísticos que permitem a constante evolução da humanidade.
Logística e supply chain
Muito das vezes o conceito de logística é confundido com o conceito da gestão da cadeia de suprimentos (supply chain) e vice-versa. Apesar de exercerem papeis semelhantes, a cadeia de suprimentos abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo e transformação de mercadorias desde o estágio da matéria prima até o usuário final, bem como os respectivos fluxos de informação.
Nesse sentido, a logística faz parte do supply chain exercendo papel fundamental para êxito do processo. Na figura abaixo podemos perceber todas as atividades que compõe o supply chain e como a logística está diretamente relacionada com o processo.
A cadeia de suprimentos (supply chain) envolve praticamente todos os setores de uma empresa. O gerenciamento da cadeia de suprimentos é basicamente a integração de todas as atividades referentes aos setores mostrados na figura com o objetivo de conquistar uma vantagem competitiva sustentável.
Como funciona a logística?
A logística funciona sendo a responsável pelo fluxo de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo. Sendo o seu principal objetivo a criação de valor junto aos clientes da empresa.
Isso quer dizer que, o seu funcionamento, ou operação, é baseada em três diferentes fluxos, sendo eles: informação, material e financeiro.
Fluxo de informação
Tudo começa através da necessidade, ou demanda, dos clientes por produtos e/ou serviços. Dessa maneira, as empresas, com a ótica comercial, buscam soluções para atender essa demanda de seus clientes, ou futuros clientes.
Logo, as empresas buscam no mercado fornecedores capazes de atender a sua necessidade. A necessidade das empresas produtivas são de matérias primas e insumos. Já as empresas de distribuição, a sua necessidade são de produtos acabados. Desse modo, as empresas pesquisam, projetam, planejam e repassam aos fornecedores todas as informações necessárias sobre as características e requisitos dos produtos.
Considerando o fluxo de informação, o marketing tem enorme importância dentro deste processo. Isso porque, é através do marketing que as empresas atraem os clientes divulgando a oferta para a atendimento as suas necessidades.
Fluxo de materiais
O fluxo de materiais representa a movimentação física de produtos na forma de matérias primas e/ou insumos. Assim sendo, a movimentação parte dos fornecedores para o a empresa, e da empresa para os clientes. No caso de matérias primas, é necessário o seu processamento no fluxo produtivo da empresa.
Dois processos merecem destaque para um eficiente fluxo de materiais: operações e transportes.
Desse modo, as operações representam todas as atividades de armazenagem, estocagem, embalagem, proteção, manuseio, carga e descarga de produtos. Por outro lado, os transportes são os meios utilizados para distribuição dos produtos para os seus clientes.
Fluxo financeiro
De forma resumida, o fluxo financeiro representa o pagamento por parte dos clientes para a empresa, assim como da empresa para os seus fornecedores. O faturamento de pedidos representa a conclusão, ou fechamento do negócio envolvendo os diferentes personagens.
Certamente que, o funcionamento da logística em uma empresa é muito mais complexo que o esquema apresentado. Ao passo que, a ideia é que através de um modelo simples os profissionais de logística possam identificar possíveis problemas ou oportunidades dentro de sua operação.
Qual a importância da logística?
Numa época em que a sociedade é cada vez mais competitiva, dinâmica, interativa, instável e evolutiva, a adaptação a essa realidade é uma necessidade para que as empresas que buscam prosperidade. A globalização e o ciclo de vida curto dos produtos obriga as empresas encontrar soluções inovadoras para atendimento aos clientes.
Os produtos rapidamente se tornam commodities, seja em termos de características intrínsecas do próprio produto, ou mesmo pelo preço. Uma aposta das empresas é na diferenciação do serviço ao cliente, superando a expectativa com atendimentos rápidos e eficazes. Hoje, já não basta satisfazer, é necessário encantar.
Hoje a logística é a principal responsável por gerar competitividade no mercado, assumindo enorme influência no processo de globalização e na economia capitalista. Ronaldo Ballou, uma das principais referências na área, trata a logística como a essência do comércio.
Segundo o autor, a logística é considerada a engrenagem responsável pela movimentação de todas as partes que representam o comércio. Ao passo que ela atua sendo o elo de ligação entra as partes, representando o fluxo de informação, materiais e financeiro de todo o processo.
Além da satisfação dos clientes, a logística tem papel de protagonismo no que diz respeito aos custos das empresas. Segundo dados da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) os custos logísticos no Brasil consomem cerca de 12,7% do PIB (Produto Interno Bruto), que corresponde ao total das riquezas produzidas pelo país.
A maior parte do custo é formada pelo transporte, que equivale a 6,8% do PIB (R$ 401 bilhões). Depois vêm estoque (4,5% do PIB, ou R$ 268 bilhões); armazenagem (0,9% do PIB ou R$ 53 bilhões); e administrativo (0,5% do PIB, ou R$ 27 bilhões).
Um outro aspecto, é que os custos relacionados a logística é a segunda maior classe de custos de uma empresa, ficando atrás somente do custo do produto. Logo, buscar a máxima capacidade produtiva das operações logística está diretamente ligado ao sucesso empresarial.
Quais são os tipos de logística?
Para finalizar o artigo, vamos apresentar quatro conceitos fazem parte de todo o processo:
Logística Reversa
A logística reversa é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de matérias-primas, estoque em processo e produtos acabados (e seu fluxo de informação) do ponto de consumo até o ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar um descarte adequado.
Em outras palavras, a logística “convencional” trata do fluxo de produtos e informações do ponto de fabricação até o ponto de aquisição, já a logística reversa faz o caminho contrário, ou seja, do ponto de aquisição para o ponto de fabricação.
Uma empresa quando recebe um produto caracterizado por um processo de devolução, seja qual for o motivo, já está aplicando o conceito de logística reversa. Do mesmo modo, uma empresa que compra materiais reciclados, ou mesmo recuperados, incluindo estes em seu processo produtivo também está aplicando o conceito.
Logística Empresarial
Logística empresarial é definida como a parte da administração que se dedica em organizar os processos de produção da empresa. Desse modo, a logística empresarial atua sendo responsável por quatro funções básicas do processo de produção: as de aquisição, movimentação, armazenamento e transportes de produtos.
Em síntese, a logística empresarial é a responsável colocar os produtos ou serviços certos no lugar certo, no momento certo, e nas condições desejadas, dando ao mesmo tempo a melhor contribuição possível para a empresa.
A grande importância e objetivo da logística empresarial está na criação de valor. Criar valor para os clientes, fornecedores, funcionários, sociedade e meio ambiente. O valor é manifestado primariamente em termos de tempo e lugar. Produtos e serviços não têm valor a menos que estejam em poder dos clientes quando (tempo) e onde (lugar) eles pretendem consumi-los.
Logística Interna
A logística interna, ou intralogística, é uma subárea da logística que compreende os fluxos de informação e de materiais realizados dentro do ambiente interno da empresa. Por exemplo: os movimentos de mercadoria no armazém, o controle de estoque, etc.
Trata-se de uma área que tem ganhado bastante atenção por parte das empresas devido ao seu potencial sobre os resultados. Isso porque, uma logística interna eficaz permite o desenvolvimento de estratégias, redução de custos, além de melhorar o nível de serviço oferecido ao cliente.
Logística de suprimentos
A logística de suprimentos é parte da logística empresarial que trata do planejamento, implantação e controle do fluxo de movimentação e armazenagem das matéria-prima e insumos.
Em outras palavras, é a área responsável por garantir o abastecimento de todos os recursos necessários para a operação produtiva da empresa. Obter êxito na logística de suprimentos significa alcançar a máxima capacidade de produção da organização.
Dessa maneira, para obter sucesso no processo é necessário que todas as partes envolvidas estejam em perfeita sintonia. Transportadoras, fornecedores, empresa e clientes devem assumir suas responsabilidades com o objetivo de alcançar os melhores resultados em conjunto.
Qualquer falha ou desvio no processo pode acarretar em paradas na produção, escassez de mercadorias, aumento dos custos operacionais, perda de qualidade, aumento do desperdício, entre outras circunstâncias negativas. Logo, a logística de suprimentos é uma atividade de grande importância no ambiente empresarial.
Enfim, gostou do artigo e quer saber mais sobre o conceito de logística? Deixe sua dúvida, comentário, sugestão ou crítica em nossos canais de comunicação!
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FONTE: Hiper cultura, Portal Administradores, Super Interessante, Wikipédia, CSCMP, Ronald Ballou – Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (2006).
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Gostei, Foi bom agora tenho noção de logística 👌
Obrigado pelo comentário!
Gostei do material ,foi bem enriquecedor
Obrigado!