Diagrama de Ishikawa

Olá logísticos! Seja muito bem-vindo ao nosso portal de aprendizado, discussão e carreira na área da logística logística! Hoje vamos apresentar mais uma ferramenta da qualidade, o Diagrama de Ishikawa.

Em síntese, o Diagrama de Ishikawa é um uma ferramenta visual que auxilia nas análises de problemas. A ferramenta é usada para encontrar, organizar, classificar, documentar e exibir graficamente as causas de um determinado problema, agrupadas por categorias, facilitando sua análise.

O Diagrama de Ishikawa foi proposto, no início da década de 60, por um engenheiro japonês do controle de qualidade chamado Kaoru Ishikawa.

O que é o Diagrama de Ishikawa?

O Diagrama Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe, é uma ferramenta visual que auxilia na análise de um determinado problema. A ferramenta é usada para encontrar, organizar, classificar, documentar e exibir graficamente as causas de um determinado problema, agrupadas por categorias, facilitando sua análise.

Em outras palavras, trata-se de um método utilizado para identificar o que está causando um problema e por consequência trazendo resultados indesejáveis a um processo.

O Diagrama de Ishikawa foi proposto por um engenheiro japonês de controle de qualidade, no início da década de 60, chamado Kaoru Ishikawa. Época conhecida como o milagre econômico Japonês. A utilização da qualidade em praticamente todos os processos foi sem dúvidas um dos pilares que fez com que o Japão se estruturasse novamente depois dos estragos causados pela 2° Guerra Mundial.

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O diagrama de Ishikawa tem como função e objetivo organizar o raciocínio na identificação de causas raiz de problemas. A ferramenta relaciona o efeito a ser analisado com as causas mais influentes.

Benefícios de usar o Diagrama de Ishikawa 

Sem dúvidas que, conhecer e entender os benefícios da ferramenta é o primeiro passo para sua aceitação e aplicação. De acordo com o portal Voitto a seguir são apresentados os principais benefícios da aplicação do diagrama de Ishikawa:

• Fácil entendimento e análise;
• Promove o envolvimento e comprometimento dos colaboradores;
• Identifica a causa raiz dos problemas;
• Pode ser utilizada como uma ferramenta estatística para o controle total da qualidade;
• Permite uma análise com alto nível de detalhes, ajudando a tomar decisões mais eficazes;
• Possui uma estrutura flexível, sendo aplicável a problemas das mais diversas naturezas.

Como fazer o Diagrama de Ishikawa?

Como visto na figura do diagrama, percebemos que as causas de um determinado problema são dividas em seis diferentes categorias, conhecidas como 6M’s. Vamos então conhecer cada categoria separadamente:

Mas vale lembrar que, as categorias do diagrama de Ishikawa podem ser modificadas conforme a necessidade da aplicação da ferramenta.

Agora que já conhecemos o conceito, um pouco da história por trás da ferramenta, e como categorizar as causas de um problema, vamos aprender como aplicar o diagrama de Ishikawa em um passo-a-passo:

1° Passo: Definir o problema

Todos resultados indesejados são reflexos, ou sintomas, de um problema. Desse modo, devemos escolher um problema que esta trazendo os resultados negativos para a empresa, analisá-lo e posteriormente tratá-lo. Ao definir o problema temos de saber exatamente quais resultados estão sendo alcançados para poder comparar no futuro, após aplicação de um plano de ação.

2° Passo: Fazer um Brainstorm

Brainstorm, ou tempestade de ideias, é uma reunião em grupo para debate sobre soluções a um problema. Trata-se de uma busca por abordagens inovadoras, o que no ambiente corporativo estimula o engajamento e contribui com a valorização e a motivação da equipe.

Logo, para levantar todas as possíveis causas de um problema, devemos reunir todos envolvidos diretamente no processo. O grande objetivo é que diferentes pontos de vista possam enriquecer a análise, com informações e opiniões diferentes. Vale lembrar que, quanto maior for o número de causas levantadas, mais detalhada e criteriosa será a análise do problema.

3° Passo: Análise das informações

Após a coleta de informações, é necessário pegar todos os dados e preencher o diagrama conforme as categorias estabelecidas. Quando estiver pronto, o diagrama vai apresentar uma análise visual do problema, sendo um suporte eficaz para conexão de informações e debates de ideias construtivos.

A equipe responsável pela condução da analise deve sintetizar as informações levantadas, assim como verificar a veracidade das mesmas. E muito importante que somente evidências verdadeiras sejam levadas em consideração.

4° Passo: Criar um plano de ação

Por fim, após determinar quais são as causas que serão tratadas deve ser estabelecido ações para mitigar ou eliminar os efeitos da mesma. As ações devem ser acompanhadas e controladas para que possa verificar se as ações estabelecidas foram efetivas na resolução do problema.

Observação: ao fim do processo é muito importante arquivar e documentar todos os dados e informações levantadas para que possa ser usado no futuro em situações semelhantes.

Diagrama de Ishikawa: um exemplo logístico

Agora que já sabemos como utilizar a ferramenta, vamos apresentar um exemplo de sua aplicação nos processos logísticos. Um problema grave que trás uma série de consequências negativas na logística é o erro de expedição.

O erro de expedição é uma falha logística relacionada as entregas de produtos aos clientes. As falhas relacionadas a expedição de produtos podem ser caracterizadas pelo envio de: um produto incorreto, características dos produtos incorretas ou mesmo mercadorias danificadas. Esta falha logística está diretamente ligada a qualidade do serviço prestado pela empresa, e reflete diretamente na sua imagem frente ao mercado.

Para exemplificar a utilização da ferramenta vamos analisar as causas do erro de expedição de inversão de produtos.

A inversão de produtos é um dos principais erros de expedição, e ela é caracterizada pela entrega de um produto completamente diferente daquele em que o cliente comprou. Geralmente este erro acontece nas ultimas etapas do processo de distribuição, na qual um pequeno descuido pode fazer com que a equipe associe um determinado produto a um pedido diferente.

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Causas associadas a inversão de produtos (após o brainstorm):

Falta de capacitação – A equipe responsável pela expedição de produtos não tem o conhecimento necessário para realizar a atividade de modo eficaz;

Empregados insatisfeitos – As decisões internas tomadas pela gestão da empresa estão deixando os trabalhadores insatisfeitos com as novas condições. O nível de motivação é baixo e esta afetando de forma negativa o clima organizacional;

Código de barras apagado – A utilização de sistema de coletores de dados só é possível com códigos de barras legíveis. A não utilização dos coletores faz com que o processo seja feito de forma manual, o que pode aumentar a incidência de erros;

Falta de coletor de dados – Além do problema com os códigos de barras, foi identificado que o número de coletores de dados é insuficiente para a demanda. A falta dos equipamentos faz com que o processo também seja feito de forma manual.

Local de picking inadequado – O local para separação dos pedidos para expedição não é adequado. O local não tem espaço suficiente para armazenagem e conferência dos itens a serem expedidos;

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Falta de iluminação – Em períodos noturnos a baixa iluminação do local aumenta a chances de desvios na preparação e separação de itens;

Procedimento complexo – A descrição da atividade esta em linguagem muito complicada, não permitindo real entendimento por parte dos empregados. Além da difícil compreensão do procedimento ficou constatado que os treinamentos estão ineficientes.

Metas exaustivas – Devido a alta demanda e cobrança dos clientes, as metas diárias de produção exigem ao máximo dos trabalhadores que ficam com uma carga de trabalho muito elevada para a capacidade real;

Alta cobrança por resultados – Reflexo das metas exaustivas, a liderança exerce uma pressão extra nos empregados para cumprimento dos prazos e resultados planejados. Dessa forma, os empregados visando atingir os resultados “burlam” o procedimento e regras para fazer as atividades de forma mais rápida.

Com as causas levantadas, chegamos ao nosso diagrama de Ishikawa:

Logo, a partir das causas levantadas pode deve ser feito uma analise técnica para que as verdadeiras causas do problema possam ser tratadas.

Bônus #1: Logística & Qualidade

Assim como a logística, a qualidade tem um espaço e relevância cada vez maior nas organizações. As empresas perceberam que para alcançar cada vez mais clientes e melhores resultados devem ter uma gestão voltada para a qualidade, disponibilizando os melhores produtos e serviços ao mercado. Mas vale lembrar que, a qualidade não é relacionada somente aos produtos e serviços, e sim a todos os processos da empresa, internos ou externos.

Dessa forma, quando falamos em qualidade estamos buscando uma mudança e excelência em todos os processos (produtivos e administrativos), tendo como o principal objetivo a satisfação dos clientes. A qualidade é muito mais que a ausência de defeitos, e sim o conjunto de características que superam todas as expectativas dos clientes. Segundo Vicente Falconi, o verdadeiro critério da boa qualidade é a preferência do consumidor pelo seu produto em relação ao seu concorrente.

Como podemos perceber, a qualidade é de extrema importância para as empresas em todos os seus processos, e com a logística não é diferente. A logística atua sendo a responsável por quatro funções básicas do processo de produção: aquisição, movimentação, armazenamento e transportes de produtos. Uma vez que aplicada corretamente ela é capaz de garantir o atendimento à demanda do cliente, e por consequência melhorar os resultados de qualidade, segurança e financeiros da organização.

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Enfim, gostou do artigo e quer saber mais sobre o diagrama de Ishikawa? Deixe sua dúvida, comentário, sugestão ou crítica em nossos canais de comunicação!

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FONTE: Voitto, Ferramentas da Qualidade, Blog da Qualidade, Siteware.