Olá logístico, tudo bem? ✌️ Seja muito bem-vindo a nossa plataforma digital de aprendizado na área de logística e supply chain! Hoje vamos aprender sobre a logística de transporte.
A logística de transporte é uma subdivisão da logística responsável pelos transportes de produtos. Em outras palavras, é a área responsável por encontrar a melhor opção de transporte considerando aspectos como: segurança, agilidade e custo.
Trata-se de uma área de grande importância dentro da gestão de uma empresa. Isso porque, os transportes caracterizam a última etapa do fluxo dos produtos até o cliente. Desse modo, a logística de transportes é um elemento chave no serviço ao cliente prestado pela empresa.
Em primeiro lugar, neste artigo vamos conhecer os conceitos da logística e transporte, entender o que é a logística de transportes, seus desafios e como torna-la mais eficiente. Além disso, vamos aprender também o conceito de modal de transporte e sua presença no Brasil. Boa leitura! 📰
Segundo o Conselho Internacional dos Profissionais de Logística e Supply Chain (CSCMP), a logística é o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender às exigências dos clientes.
Em outras palavras, a logística é a responsável pela administração dos recursos materiais, financeiros e das informações relativas aos produtos comercializados. Toda a gestão desde a entrada de materiais, planejamento da produção, armazenamento, transporte e distribuição de produtos fica sob a responsabilidade da logística.
O conceito de logística assumiu um papel estratégico dentro das empresas, sendo visto como um elemento chave para alcançar ótimos resultados. Hoje a logística abrange conhecimentos de áreas como: engenharia, economia, marketing, estatística, tecnologia e recursos humanos.
Os transportes correspondem ao conjunto de materiais e instrumentos técnicos utilizados no deslocamento de pessoas e cargas de um lugar para o outro. Dessa maneira, os transportes são considerados elementos estratégicos para o desenvolvimento não só das empresas como também das sociedades.
Os transportes apresentam diversas características a nível de infraestrutura, veículos e operações comerciais. Por infraestrutura entende-se a rede de transporte rodoviária, ferroviária, aéreo, aquaviário e dutoviário. Nesse sentido, temos de destacar as estradas, aeroportos, estações ferroviárias, portos e todo o tipo de estrutura similar.
Atualmente, temos uma grande diversidade de veículos de transportes, sendo os mais comuns: automóveis, aviões, locomotivas, navios etc. Já as operações comerciais estão relacionadas com a maneira como os veículos operam na rede e o conjunto de procedimentos, incluindo o ambiente legal (leis, códigos, regulamentos etc.).
No contexto do desenvolvimento dos países e das sociedades, os meios de transporte são uns dos principais elementos para garantir a infraestrutura, ou seja, o suporte material para que tal crescimento aconteça.
Quanto maior o crescimento econômico de um determinado país maior também é a demanda e a pressão sobre os meios de transporte. Dessa maneira, se os meios de transportes não tiverem uma estrutura adequada para suportar essa carga, o desenvolvimento desse país encontrará maiores desafios e dificilmente se concretizará. Por esse motivo, uma estrutura adequada de transportes é essencial a todos os países.
Já no contexto da logística, o transporte de cargas é uma das etapas fundamentais para qualquer tipo de negócio. É graças aos transportes que o cliente, seja ele uma empresa ou uma pessoa física, poderá ter em mãos aquilo que comprou.
Entender o funcionamento e as características dos meios de transporte é elemento chave para o crescimento e prosperidade de uma empresa. Desse modo, o profissional de logística deve ter total conhecimento a respeito dos modais de transportes e suas características. Com essa informação, ele poderá tomar decisões mais corretas a respeito dos custos logísticos, definição do canal de distribuição e roteirização de suas cargas.
A logística de transporte é uma subdivisão da logística responsável pelos transportes de produtos. Em outras palavras, é a área responsável por encontrar a melhor opção de transporte considerando aspectos como: segurança, agilidade e custo.
Trata-se de uma área de grande importância dentro da gestão de uma empresa. Isso porque, os transportes caracterizam a última etapa do fluxo dos produtos até o cliente. Desse modo, a logística de transportes é um elemento chave no serviço ao cliente prestado pela empresa.
Além disso, os custos relacionados aos transportes equivalem a cerca de 60% de todos os custos logísticos de uma empresa. Logo, as empresas buscam por técnicas, ferramentas e métodos que permitem eliminar possíveis riscos inerentes ao uso dos seus ativos (veículos em geral), além de aumentar a qualidade do serviço, a produtividade e a efetividades de suas operações.
Para uma operação mais eficiente as empresas investem constantemente em tecnologia da informação. Nesse sentido o objetivo é melhorar tanto o planejamento logístico quanto o controle das operações, oferecendo ao cliente a solução de transporte mais ágil e ao menor custo.
Quando o assunto é logística de transportes não podemos deixar de lembrar alguns pontos que podem fazer toda diferença na operação da empresa, sendo eles:
A predominância do transporte rodoviário no país deixa as empresas à mercê da falta de infraestrutura e segurança nas estradas. De acordo com os dados do Ministério da Infraestrutura o modal rodoviário representa cerca de 60% de todo o transporte de carga do país. Nesse sentido, o motivo para larga utilização do modal rodoviário seja a falta de investimentos em outras opções de transporte.
Os investimentos em segurança no setor de transporte são elevados devido ao alto risco que as cargas correm durante a sua movimentação. Dessa maneira, os acidentes nas estradas e o roubo de cargas são as razões que motivam o investimento em equipamentos e sistemas de monitoramento veicular. Softwares de rastreamento, roteirizadores e telemetria são ferramentas frequentemente utilizadas para inibir a ação de criminosos, recuperar o patrimônio e proteger os produtos.
Que a escolha do modal pode afetar o desempenho logístico ninguém duvida. Por isso, é trabalho da logística de transportes garantir que o modal ou os multimodais escolhidos diminuam os custos de distribuição e melhorem a margem de lucros.
Sistemas de gestão, automação de tarefas e a análise de dados são processos que dependem de ferramentas tecnológicas. Por isso, a modernização da operação de transportes já não é um diferencial competitivo, mas uma necessidade para permanecer relevante no mercado.
Sem dúvida, um dos fatores que mais pesam no orçamento das transportadoras e dos motoristas autônomos é o preço do combustível. Hoje, o diesel é o mais utilizado nos transportes rodoviários, tendo um impacto direto nos custos dos fretes e no lucro de quem trabalha nesse segmento. Além do elevado custo do combustível o preço tende a oscilar bastante em um curto período.
Quando o assunto é logística de transportes não podemos deixar de lembrar alguns pontos que podem fazer toda diferença na operação da empresa, sendo eles:
O last mile, que traduzido significa ultima milha, é o termo utilizado para caracterizar a última etapa do processo de entrega de um produto. Em outras palavras, é o percurso final do produto saindo da empresa para o cliente. É no last mile que a empresa poderá mostrar a qualidade do serviço e como valoriza uma entrega bem feita e dentro do prazo estipulado. Desse modo, a logística de transporte deve estar estruturada para atender com eficiência a ultima etapa da movimentação dos produtos.
O lead time, que significa “tempo de espera”, é o tempo decorrido desde o momento em que um cliente faz um pedido até o recebimento do produto. Ou seja, trata-se basicamente do tempo total que é gasto em um processo de compra, que inicia na solicitação do consumidor e finaliza no momento em que ocorre a entrega do produto.
A logística de transportes tem um papel fundamental para reduzir o lead time da empresa. Desse modo, acompanhar os processos através deste indicador pode ser uma boa estratégia para identificar gargalos e possibilidades de melhorias.
O transit time, que traduzido significa “tempo de trânsito”, é o período de tempo necessário para que um produto, ou uma remessa, seja entregue ao cliente. Basicamente, trata-se do intervalo gasto ao mover uma mercadoria entre o ponto de retirada e seu destino.
Logo, assim como no lead time, acompanhar o processo de entregar com o indicador de transit time é possível melhorar a operação da logística de transportes.
A roteirização de cargas é uma metodologia utilizada para determinar o melhor trajeto no processo de coleta e entrega de produtos. O melhor trajeto é aquele em que estabelecemos ótimos níveis em relação ao custo, tempo, segurança, qualidade e produção. Dessa maneira, ao estabelecer os melhores caminhos para entregar os produtos aos clientes de forma simultânea alcançamos os melhores resultados na logística de transportes.
O planejamento logístico consiste na definição de como a empresa vai distribuir seus produtos e serviços aos clientes, levando em consideração todas as etapas do processo. Assim como todos os outros planejamentos de uma empresa, o planejamento logístico deve estar ligado diretamente a gestão estratégica da organização. Ou seja, os objetivos traçados devem estar alinhados com a visão/missão da empresa.
Sem dúvidas que o planejamento é a primeira etapa para uma logística de transportes de sucesso. É através do planejamento que os profissionais de logística vão encontrar a melhor operação para a empresa.
O transporte multimodal se caracteriza pela utilização de dois ou mais modais de transporte para conduzir as mercadorias da origem até o destino final. Desse modo, pode utilizar de caminhões, trens, navios, aviões ou outros equipamentos necessários para realizar as entregas. Contudo, deve ser avaliado se o tipo de produto e as rotas necessárias se encaixam nas condições de multimodalidade de transportes.
Os canais de distribuição são os meios utilizados por uma empresa para fazer com que o seu produto chegue nas mãos do seu cliente. O grande objetivo de um canal de distribuição é fazer com que as mercadorias estejam disponíveis para o consumidor no tempo, especificação, local e quantidade correta. Determinar o canal de distribuição para o escoamento dos produtos é uma das principais atividades da logística de transportes.
Os modais de transporte correspondem às formas utilizadas para que os produtos sejam deslocados de um ponto de origem até um ponto de destino. Esse processo deve ter total atenção pelo setor de logística das empresa. Isso porque, a escolha inadequada do modal de transporte tem como resultado a perda da qualidade dos produtos, aumento dos custos logísticos e insatisfação dos clientes.
Atualmente, existem cinco diferentes classificações para os modais de transporte, sendo elas: modal rodoviário, modal ferroviário, modal hidroviário, modal dutoviário e modal aéreo. Todos as classificações apresentam vantagens e desvantagens. Nesse sentido, a escolha do modal de transporte adequado é feita através do tipo de produto, recursos disponíveis e infraestrutura do ambiente.
Entendido o conceito dos modais de transportes, vamos então conhecer cada classificação separadamente:
O modal rodoviário é caracterizado pelo transporte através de ruas, estradas e rodovias, podendo ser pavimentadas ou não, onde se utiliza os automóveis, os ônibus e os caminhões para a locomoção de produtos e pessoas.
A consolidação do transporte rodoviário ocorreu com a intensificação da indústria automobilística em todo o mundo, fato ocorrido nas primeiras décadas do século XX. Ao passo que, a economia capitalista se desenvolvia, aliado a inciativa privada, os governos investiram forte na infraestrutura de estradas.
Em síntese, o modal rodoviário pode transporte todo o tipo de produto desde matérias primas, produtos semi-acabados e acabados. Quando comparado aos modais hidroviário e ferroviário, o modal rodoviário possui baixa capacidade de carga.
O transporte rodoviário tem vantagens como flexibilidade de tráfego e agilidade de transporte. Dessa maneira, o transporte elimina o manuseio entre origem e destino do produto, não requer embalagens exigentes, se adapta aos outros modais de transporte, de fácil contratação e gerenciamento. Ele também pode ser responsável por completar a rota de destino de algum produto que utiliza outros modais.
No modal rodoviário o espaço no veículo pode ser fretado em sua totalidade (carga completa) ou apenas frações de sua totalidade (carga fracionada). Nesse sentido, o fracionamento do espaço de carga do veículo possibilita a diversificação de embarcadores em um mesmo transporte.
O modal aéreo consiste no transporte de pessoas ou mercadorias através de aeronaves (tráfego aéreo) utilizando o ar como o meio de locomoção. O transporte aéreo é classificado como full pax quando só há transporte de passageiros, full cargo quando o transporte é somente de cargas e combi quando há transporte de cargas e de passageiros.
O modal aéreo utiliza de aviões, helicópteros e até mesmo drones. Em geral, o modal aéreo é utilizado para o transporte de cargas de alto valor agregado, urgentes ou que sejam extremamente perecíveis.
Um transporte logístico eficiente não leva em conta apenas os custos com a operação, mas sim uma entrega com agilidade e segurança, dentro do prazo estabelecido. Agilidade, aliás, é a palavra que melhor define o modal aéreo. Portanto, as empresas que precisam de urgência em suas entregas tem no modal aéreo a opção ideal.
Tão importante quanto a agilidade é a segurança da carga durante o percurso. Nesse quesito, o modal aéreo é imbatível, por apresentar o menor número de perdas e de avarias. Devido a segurança no transporte, não é necessário a utilização de embalagens com muito reforço. Dessa forma, o custo do insumo é menor, além de facilitar as operações de carga e descarga dos produtos.
O modal aquaviário, ou modal hidroviário, consiste nos transportes realizado sobre a água. O transporte aquático tem três diferentes classificações, sendo elas:
O modal aquaviário é muito utilizado para o transporte de produtos de baixo valor agregado. Dessa maneira, podemos citar como exemplo: petróleo e derivados, carvão, minério de ferro, cereais, bauxita, alumínio e fosfatos, etc. Entretanto, quando falamos em transporte internacional, temos a movimentação de produtos altamente valorizados, devidamente protegidos nos containers.
Através do desenvolvimento das embarcações o modal aquaviário ganhou papel de protagonista na logística internacional. Isso porque, 99% de todo o peso transportado na logística internacional é feito através do modal aquaviário. Nesse sentido, outro número impressionante é que se considerarmos o número total de transportes de carga internacionais o modal aquaviário corresponde por mais da metade.
O modal ferroviário é o transporte realizado sobre as linhas férreas. Trata-se de um transporte muito utilizado para movimentação de cargas de baixo valor agregado, assim como no transporte de pessoas. Os exemplos mais comuns desta modalidade de transporte são os trens, metrô e trens urbanos.
Em resumo, os veículos do modal ferroviário são essencialmente as locomotivas e vagões. As locomotivas e os vagões quando estão juntos formam o que conhecemos como trens, ou um termo mais técnico as composições.
Nesse sentido, as locomotivas são os veículos utilizados para a tração dos vagões. Por outro lado, os vagões são os veículos utilizados para o transporte de pessoas e cargas através das linhas férreas. Vale lembrar que, os vagões não possuem propulsão própria, sendo necessário sempre estar acoplado a uma locomotiva para se movimentar.
O modal dutoviário é aquele em que o transporte de produtos é feito por meio de tubulações (dutos). Através da força da gravidade, ou da pressão exercida por um conjunto de motores e bombas hidráulicas, é feito a movimentação dos produtos pelos dutos.
O arranjo de dutos conectados é também conhecido como dutovias. Dessa maneira, as dutovias consistem basicamente por três elementos, sendo eles:
O transporte dutoviário é utilizado principalmente para a movimentação de fluidos derivados do petróleo e partículas minerais solidas. Nesse sentido, além de sua aplicação para transporte de produtos em longa distâncias, o modal dutoviário também utilizado para transferência de materiais em pequenas e médias distâncias, como pro exemplo em uma planta industrial.
No Brasil, a regulamentação, fiscalização e controle dos transportes fica a cargo do Ministério de Infraestrutura. A distribuição, ou utilização, dos modais de transporte em nosso país é feito através da matriz de transportes brasileira. Nesse sentido, a matriz de transporte brasileira mede a utilização de cada modal no transporte de cargas e pessoas.
Com toda certeza, o modal rodoviário é o principal modal de transporte do Brasil, tanto para locomover produtos, quanto pessoas. De acordo com os dados do Ministério da Infraestrutura transporte rodoviário é responsável por mais de 60% de toda a carga movimentada no país.
O peso do transporte rodoviário de cargaé estimado em torno de 1,4 ponto percentual (p.p.) do PIB. Mas o impacto do setor na economia pode ser em torno de 29%, porque esse modal permite que haja interligação entre mercados produtores e consumidores, fazendo com que a economia flua.
Sem dúvidas que a grande utilização do modal no Brasil é uma consequência de grandes investimentos na criação de estradas e rodovias. Isso porque, no país há 1,7 milhão de km de estradas, considerada a quarta maior malha logística rodoviário de todo o mundo.
Das estradas do Brasil 12,9% são pavimentadas e 79,5% não são pavimentadas e 7,5% são estradas planejadas. Nesse sentido, em geral, a classificação das condições das estradas e rodovias brasileiras são péssimas ou regulares. Tal fato pode justificar o alto índice de acidentes no transporte rodoviário. Por outro lado, das rodovias em boas condições, geralmente, estão relacionadas a iniciativa privada. Desse modo, apesar de excelente qualidade das estradas estão sujeitas a pedágios.
Primeiramente, o modal aeroviário é muito pouco utilizado no Brasil no que diz respeito ao transporte de cargas. Segundo dados do portal da infraestrutura do governo federal, o modal aeroviário representa cerca de 4% de toda carga movimentada no país. Em síntese, a principal justificativa para baixa utilização no modal é o elevado custo de operação.
No Brasil, o órgão responsável por coordenar todas as atividades de transporte de pessoas e de cargas no modal aéreo é a INFRAERO. Atualmente, nosso país conta com uma estrutura de 60 aeroportos, 72 estações de controle e comunicação de tráfego aéreo e 24 terminais de logística de carga.
De acordo com o portal da infraestrutura do Governo Federal, o modal aquaviário representa cerca de 14% de toda a carga movimentada em nosso país. Pode até parecer uma parcela considerável, porém quando comparada ao modal rodoviário (60%), percebemos uma grande diferença.
A ausência de investimentos adequados no setor contribui de forma significativa para o desbalanceamento da matriz de transportes brasileira. Além disso, o desbalanceamento da matriz de transportes prejudica bastante a intermodalidade do país.
Obras como dragagem, transposição de trechos não navegáveis, derrocagem de obstáculos naturais, balizamento e sinalização são necessárias para o desenvolvimento da malha hidroviária, que também necessita de investimentos na modernização, ampliação e obras de melhorias em portos.
Em outras palavras, devido a sua posição geográfica, o Brasil tem um potencial enorme no desenvolvimento do modal aquaviário, considerando tanto o transporte marítimo, como em rios e lagos.
No Brasil, 21% do transporte de cargas é feito pelo modal ferroviário, segundo dados do Ministério de Infraestrutura do Governo Federal. Sem dúvida que, o Brasil viveu o seu ápice sobre os trilhos no início do século 20. Na época, foram construídas quase todas malhas ferroviárias em utilização até os dias atuais.
Nesta época, o crescimento médio era na faixa dos 6.000 km de linhas férreas por década. Contudo, após 1920, com o advento da era do automóvel, as ferrovias entraram numa fase de estagnação, não tendo se recuperado até os dias atuais. Vale lembrar que, além da paralisação na construção de novas linhas, neste tempo perdemos vários quilômetros de ferrovias devido à falta de manutenção e deteorização.
Atualmente, o Brasil é um país pobre em ferrovias se comparados a outros países. Isso porque, nosso país possui hoje 30.000 km de ferrovias para tráfego, o que dá uma densidade ferroviária de 3, 1 metros por km², que é bem pequena em relação aos EUA (150m/km²) e Argentina (15m/km²).
Outro ponto negativo é a má distribuição das linhas férreas pelo território. Desse modo, a região sudeste concentra aproximadamente 50% de todas as ferrovias do país, e junto com a região sul dominam o modal em escala nacional. Dessa forma, as Regiões Norte e Centro-oeste, juntas, concentram apenas 8%. Um ponto positivo é de que o nosso sistema ferroviário é o maior da América Latina, em termos de carga transportada, atingindo 503,9 bilhões de tku (tonelada quilômetro útil) em 2016 segundo a agência nacional de transportes ferroviários (ANTF).
Por ser um meio de transporte muito restrito a algumas operações o modal dutoviário não tem muita representatividade na matriz logística de transportes brasileira. Em outras palavras, de acordo com o Ministério de Infraestrutura, a utilização do modal em nosso país é tão baixa que sua representação fica abaixo de 0% quando consideramos todas as cargas movimentadas. Além disso, a maioria dos produtos transportados pelos dutos no Brasil são realizados pela empresa estatal Petrobras.
Todavia, no território brasileiro, merecem destaque o Oleoduto São Sebastião/Paulínia (226 km) e de Angra dos Reis/Caxias (125 km); o mineroduto Paragominas/Barcarena, Pará (250 km); e o Gasoduto Brasil-Bolívia, com 3150 km de extensão (sendo 2593 km em território brasileiro), considerado o maior da América latina e um dos maiores do mundo.
É competência da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT articular-se com entidades operadoras do transporte dutoviário. Nesse sentido, O órgão é responsável pela resolução de interfaces intermodais e organização de cadastro do sistema de dutovias do Brasil. Outros assuntos relacionados a dutovias são de responsabilidade da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP.
FONTE: Sanca Galpões, eSales, Portogente, Rodojacto.
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