Olá logístico, tudo bem? ✌️ Seja muito bem-vindo a nossa plataforma digital de aprendizado na área de logística e supply chain! Hoje vamos aprender sobre o custo de estoque.
Segundo dados da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) os custos logísticos no Brasil consomem cerca de 12,7% do PIB (Produto Interno Bruto), que corresponde ao total das riquezas produzidas pelo país. Nesse sentido, a maior parte do custo é formada pelo transporte, que equivale a 6,8% do PIB (R$ 401 bilhões). Depois vêm estoque (4,5% do PIB, ou R$ 268 bilhões); armazenagem (0,9% do PIB ou R$ 53 bilhões); e administrativo (0,5% do PIB, ou R$ 27 bilhões).
O custo de estoque é uma medida da administração de empresas que pertence ao controle de venda dos produtos. É comum achar que o custo de estoque está relacionado somente a soma dos valores dos produtos estocados. Isso porque, o valor dos produtos estocados representam aproximadamente 80% de todo o custo dos estoques. Entretanto, o custo de estoque engloba também toda a operação necessária para manter os produtos estocados.
Em primeiro lugar, neste artigo vamos entender o conceito de estoque, o que é a gestão do estoque, custos logísticos, o custo de estoque, tipos de custo de estoque, como calcular e reduzir o custo de estoque. Boa leitura! 📰
O que é estoque?
De acordo com Ballou, Ronald H. (2007) estoques são acumulações de matérias-primas, suprimentos, componentes, materiais em processo e produtos acabados que surgem em numerosos pontos do canal de produção e logística das empresas. Em geral, os estoques figuram em lugares como armazéns, pátios, chão de fábrica, equipamentos de transporte e em galpões das redes de varejo.
Basicamente, o grande objetivo de um estoque é fazer com que o produto esteja disponível no momento em que for necessário e/ou solicitado pelos clientes. E para garantir que os produtos estejam disponíveis no tempo certo, existe um campo do gerenciamento logístico conhecido como a gestão de estoque.
Tipos de estoque
Basicamente, existem cinco diferentes tipos de estoque, sendo eles:
- Regular – O estoque regular representa os produtos necessários para suprir a demanda dos clientes.
- Trânsito– O estoque em trânsito, ou estoque de canal, considera todos os produtos que já estão nos transportes, ou seja, estão no trânsito sentido aos clientes.
- Segurança – Estoque de segurança é uma quantidade extra de produtos mantidos armazenados para lidar com imprevistos na operação da empresa.
- Sazonal – O estoque sazonal é o conjunto de produtos e mercadorias usados no atendimento de uma demanda fora do padrão.
- Obsoleto – O estoque obsoleto, ou estoque morto, representa os produtos que não comercializados e que passam a ocupar espaço no armazém.
Gestão de estoque
A gestão de estoque é o processo que garante planejamento, execução e controle dos recursos armazenados dentro de uma empresa. Em outras palavras, trata-se do processo de adequação dos níveis de produtos estocados em relação a demanda de mercado.
Além de determinar as quantidades de produtos em estoque, a gestão de estoque está diretamente relacionada a operação. Isso quer dizer que, a gestão de estoque deve determinar como deve ser feito a armazenagem dos produtos, assim como toda a operação, visando garantir a máxima qualidade e segurança dos produtos.
Entre os principais objetivos da gestão de estoques podemos citar:
- Maximizar o nível de serviço ao cliente ou o nível de atendimento da demanda;
- Redução dos custos totais do estoque;
- Eficiência operacional dos processos de suprimento.
Custos logísticos
Os custos logísticos representam a alocação de recursos financeiros em todas atividades relacionadas a logística da empresa. Os custos relacionados a logística é a segunda maior classe de custos de uma empresa, ficando atrás somente do custo do produto.
O objetivo da gestão logística é atingir um determinado nível de serviço de cliente ao menor custo possível. Sendo que, quanto maior for o nível de serviço pretendido, maior o custo total logístico. Dessa forma, a gestão dos custos logísticos está em encontrar um ponto de equilíbrio entre o nível de serviço ao cliente e os custos da área.
Segundo dados da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) os custos logísticos no Brasil consomem cerca de 12,7% do PIB (Produto Interno Bruto), que corresponde ao total das riquezas produzidas pelo país. A maior parte do custo é formada pelo transporte, que equivale a 6,8% do PIB (R$ 401 bilhões). Depois vêm estoque (4,5% do PIB, ou R$ 268 bilhões); armazenagem (0,9% do PIB ou R$ 53 bilhões); e administrativo (0,5% do PIB, ou R$ 27 bilhões).
O que é custo de estoque?
O custo de estoque é uma medida da administração de empresas que pertence ao controle de venda dos produtos. É comum achar que o custo de estoque está relacionado somente a soma dos valores dos produtos estocados. Em geral, o valor dos produtos estocados representam aproximadamente 80% de todo o custo dos estoques. Entretanto, o custo de estoque engloba também toda a operação necessária para manter os produtos estocados.
O cálculo do custo de estoque é importante para o controle das despesas operacionais e, consequentemente, é um fator que tem impacto nas margens e no lucro líquido de um negócio. Em outras palavras, o custo de estoque auxilia na determinação da margem de lucro da empresa, permitindo uma melhor organização financeira.
Quais são os custos de estoque?
Basicamente, existem três diferentes classes de custos de estoque, sendo elas: custos de aquisição, custos de manutenção e custos da falta de estoque. Desse modo, vamos conhecer cada uma dessas classes de custos separadamente:
Custos de Aquisição
O custo de aquisição é o custo relacionado a compra ou fabricação dos produtos. Nesse sentido, devemos considerar todos os custos relacionados ao processamento, preparação, transmissão e transporte do produto até a área de armazenamento.
Quanto maior for o pedido de produtos, maior também será o custo de aquisição. Sendo assim, uma estratégia para auxiliar a aquisição de produtos é a previsão de demanda.
Custos de Manutenção
Os custos de manutenção são todos os custos relacionados a manter os produtos em estoque, considerando desde a instalação necessária até as operações. Nesse sentido, os custos de manutenção se dividem em outras quatro classes de custos, sendo elas:
Custos de espaço
Os custos de espaço são aqueles referentes ao uso do armazém. Dessa maneira, caso o espaço utilizado para estocagem seja alugado, as tarifas incidem sobre a quantidade de produtos e o período de tempo. Caso o espaço de estocagem seja de propriedade da empresa os principais gastos são: instalações, conservação, manutenções, além é claro dos gastos de energia.
Custos de capital
Os custos de capital trata-se da soma do valor de todos os produtos em estoque. Entender qual o valor do estoque permite uma análise sobre o custo de oportunidade. Ou seja, através do custo de capital é percebe-se os lucros obtidos através da comercialização dos produtos em estoque estão sendo relevantes em comparação com outras formas de investimento.
Custos dos serviços de estocagem
Os serviços de estocagem são todas as atividades necessárias para manter o estoque em operação. Nesse sentido, podemos citas as atividades de recebimento, estocagem, preparação, picking, packing e expedição de produtos. Os custos dessa classe incidem sobre o pagamento da mão de obra e os equipamentos utilizados na operação.
Dentro dessa classe de custos dos estoques ainda estão presentes os valores relacionados aos seguros e impostos dos produtos. Estes custos variam conforme o valor do estoque, da quantidade de produtos e das características físicas do armazém.
Custos dos riscos de estocagem
São todos os custos relacionados com a deterioração, roubos, danos ou obsolescência dos produtos em estoque. Para que este custo seja mínimo, deve ser feito um investimento em controle, segurança e operação do armazém.
Custos da falta de estoque
Quando a empresa não tem os produtos necessários para atender a demanda de seus clientes também configura como um custo de estoque. A classificação para este tipo de custo é o custo da falta de estoque.
Desse modo, o valor do volume de vendas não atendidas representa o custo da falta de estoque. Entretanto, existem um impacto muito maior pelo não atendimento a solicitação dos clientes. Isso porque, o não atendimento dos clientes prejudica a imagem da empresa perante seu. Desse modo, os impactos podem ser a perda de vendas futuras, posicionamento no mercado e a credibilidade da empresa.
Como calcular custo de estoque?
O cálculo do custo de estoque envolve a somatória das três classes de custo de estoque apresentadas:
Custo Total de Estoque = Custo de aquisição + Custo de manutenção + Custo da falta de estoque
Ao realizar esse cálculo, a empresa poderá ter mais precisão ao saber como está a sua gestão de estoque. Em outras palavras, através do cálculo é possível estabelecer estratégias e ações para otimizar atividades e criar novas oportunidades.
Por fim, esse cálculo pode variar ao longo do ano com mudança de fornecedores, troca de mercadorias e quantidade de envio de pedidos. Atualmente, existem sistemas que simplificam o cálculo do estoque e precificam as mercadorias. Porém, é preciso conhecer todas as variáveis para que o cálculo seja feito corretamente.
Como reduzir o custo de estoque?
O primeiro passo para reduzir o custo de estoque é entender o seu conceito e saber calcular. Não existem ações genéricas para redução do custo de estoque, porém através de algumas estratégias podemos obter reduções significativas, sendo elas:
Inventário de estoque
O inventário de estoque é um levantamento detalhado de todos os itens que estão armazenados em uma área de responsabilidade da empresa. Em outras palavras, o inventário de estoque é uma lista de todos os produtos que estão presentes em um estoque.
Manter um inventário de estoque constantemente atualizado é muito importante para as empresas. Isso porque, quando as empresas tem real conhecimento dos produtos estocados poderá tomar decisões mais corretas.
Desse modo, saber quais os produtos estão dentro do ambiente da empresa facilita bastante o cálculo do custo de estoque.
Curva ABC
A curva ABC é um método de classificação de produtos, cujo objetivo é determinar quais são os mais importantes de uma empresa. Através de uma ordem de prioridades é possível estabelecer quais os produtos agregam mais valor para a empresa, seja pelo volume comercializado ou a rentabilidade das vendas.
Desta forma, através de uma gestão focada em determinados produtos, a gestão do estoque fica mais simples e os custos mais reduzidos.
Previsão de demanda
A previsão de demanda é uma estratégia adotada pela gestão de uma empresa, no qual é feito um estudo com o objetivo de determinar a demanda futura para produtos da empresa. Através deste estudo, a empresa pode se preparar de forma proativa e então obter os melhores resultados. Desse modo, alcançar o ponto de equilíbrio entre a oferta é a demanda é o fator chave para o sucesso empresarial.
Logo, saber os produtos sob demanda evita produtos obsoletos no estoque, assim como operações desnecessárias.
Just in time
O Just in Time, que traduzido significa “momento certo”, é um sistema de gestão que tem como princípio básico alinhar os níveis de produção de acordo com a demanda, excluindo ou diminuindo a necessidade de estoques. Logo, assim que um produto é fabricado ele já é enviado ao seu destino, atendendo os prazos acordados com o cliente.
Dessa maneira, aplicar a estratégia do JIT diminui drasticamente os níveis de estoque, assim como seus custos.
Enfim, gostou do artigo e quer saber mais sobre o custo de estoque? Deixe sua dúvida, comentário, sugestão ou crítica em nossos canais de comunicação!
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FONTE: Mais retorno, Contábeis, Suno.
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