Olá logístico, tudo bem? ✌️ Seja muito bem-vindo a nossa plataforma digital de aprendizado na área de logística e supply chain! Hoje vamos aprender sobre o TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS.
O transporte de produtos perigosos corresponde ao conjunto de materiais e instrumentos técnicos utilizados no deslocamento de uma carga perigosa de ponto de origem até um ponto de destino. Este tipo de transporte é um dos mais delicados em se tratando de logística de transportes. Isso porque, ele gera risco a saúde das pessoas envolvidas e ao meio ambiente.
Em primeiro lugar, neste artigo vamos aprender o que é um produto perigoso e como funciona o transporte deste tipo de produto. Além disso, vamos conhecer os diferentes tipos de cargas perigosas e seus riscos. Por fim, vamos entender sobre a sinalização do transporte de produtos perigosos e como podemos evitar o acidentes com este tipo de carga. Boa leitura! 📰
Primeiramente, antes de conhecer sobre o transporte de produtos perigosos temos que entender o que é um produto perigoso. De acordo com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) é considerado produto perigoso todo aquele que representa risco à saúde das pessoas, ao meio ambiente ou à segurança pública.
Nesse sentido, os produtos perigosos podem ser explosivos, inflamáveis, oxidantes, venenosos, infecciosos, radioativos, corrosivos ou poluentes. Os produtos perigosos podem ser encontrados na natureza ou produzidos por qualquer que seja o processo.
O transporte de produtos perigosos corresponde ao conjunto de materiais e instrumentos técnicos utilizados no deslocamento de uma carga perigosa de ponto de origem até um ponto de destino. Este tipo de transporte é um dos mais delicados em se tratando de logística de transportes. Isso porque, ele gera risco a saúde das pessoas envolvidas e ao meio ambiente.
Dessa forma, para este tipo de transporte são necessários veículos especiais, transportadores capacitados e sinalização adequada. Além disso, é necessário o cumprimento de um rígido protocolo de segurança no trânsito e no tipo de armazenagem da carga.
No Brasil, o transporte de produtos perigosos é regulamentado pela Lei nº 10.233/2001 e por resoluções da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A Resolução ANTT nº. 5.232/16 define a classificação dos produtos perigosos e detalha a documentação, identificação, sinalização, embalagem da carga e do veículo.
A legislação brasileira para o transporte de produtos perigosos tem como referência o Comitê de Peritos em Transporte de Produtos Perigosos da Organização das Nações Unidas (ONU) e no Acordo Europeu para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos (ADR).
Caso a legislação brasileira a respeito do transporte de produtos perigosos não seja cumprida por parte dos transportadores multas e penalização serão aplicadas.
As cargas perigosas são classificadas segundo sua natureza e os danos que podem causar às populações e ao meio ambiente.
Veja abaixo a classificação de produtos perigosos para fins de transporte:
Para este tópico do artigo é importante saber diferenciar o conceito de risco e de perigo.
Para o transporte de produtos perigosos, o perigo é representado pelos produtos e o risco pelo transporte. Em outras palavras, o risco é a probabilidade da ocorrência de um acidente envolvendo a movimentação do veículo carregado com os produtos perigosos.
Nesse sentido, caso venha a ocorrer um acidente envolvendo um veículo carregado com produtos perigosos os danos as pessoas e ao ambiente expostos são muito maiores. Isso por que, os produtos perigosos tem um fator de danos maior devido sua natureza físico/químico/biológica.
Dessa maneira, se realizado de forma inadequada, o transporte de produtos perigosos oferece sérios riscos para a população e o meio ambiente. Por exemplo: se houver algum acidente, como o tombamento de uma carreta, pode causar o vazamento de substâncias inflamáveis, com possibilidade de explosões e incêndios.
Por outro lado, alguns produtos perigosos não são inflamáveis, mas, são tóxicos o suficiente para causar uma grave intoxicação se inalados, ingeridos ou absorvidos pela pele. Além disso, o vazamento desses produtos é extremamente perigoso ao meio ambiente, pois contamina o solo, os rios e ameaça a vida dos animais silvestres que estiverem no caminho.
A seguir uma tabela com exemplos de produtos, seus perigos e os riscos associados ao seu transporte:
Até aqui vimos a complexidade, perigoso e riscos que existem para o transporte de produtos perigosos. Sendo assim, os veículos que transportam produtos perigosos deverão estar identificados pelos rótulos de riscos e painéis de segurança, com o objetivo de:
Dessa forma, vamos agora conhecer separadamente cada uma destas identificações obrigatórias e como fazer a identificação em um veículo de transporte:
Painel de segurança é uma placa retangular alaranjada com dois códigos na forma de números. A numeração destas placas se refere ao número de risco e ao código de risco estabelecido pela ONU.
O código de riscos da ONU são os quatro algarismos na parte inferior da placa e que identifica substâncias perigosas. Dessa forma, esse número vem do regulamento modelo, atualizado a cada dois anos pelo Comitê de Peritos em Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas, e que a ANTT faz parte.
Por outro lado, o número de risco se refere aos dois ou três algarismos maiores presentes na parte de cima da placa. O primeiro algarismo indica a classe a qual o produto pertence (risco principal) e os demais os riscos secundários. Nesse sentido, caso não houver risco secundário, o segundo e o terceiro algarismo serão 0. Além disso, para os produtos que em contato com a água gerarem algum risco o número de risco é precedido de um X.
O rótulo de risco informa quanto à natureza, o manuseio correto e a identificação do produto transportado. Diferente do painel de segurança, o rótulo de risco tem formato de losango. Dessa maneira, a placa de identificação contém um símbolo e o número que sinaliza a classe do perigo do material transportado.
No transporte de produtos perigosos devemos seguir as seguintes regras quanto o posicionamento das placas:
NOTA:
Para realizar o transporte de produtos perigosos é necessário que o transportador (responsável pelo transporte) tenha em mão uma série de documentações. As documentações são as evidências necessárias para certificar que o transporte será realizado conforme a legislação vigente. Esses documentos são os seguintes:
Dado a sua complexidade e o elevado risco do transporte da carga é necessário seguir algumas medidas de segurança com o objetivo de evitar acidentes, como por exemplo:
Além de obrigatória a sinalização correta do veículo e da carga é essencial para garantir a segurança do transporte de produtos perigosos. Isso porque, a sinalização auxiliar o processo de verificação por parte dos órgãos competentes, bem como auxilia as equipes de resgate/emergência em um eventual acidente.
Para o transporte de produtos perigosos é necessário veículos e equipamentos adequados para esse tipo de operação. Nesse sentido, os veículos e equipamentos precisam de uma inspeção técnica previa com o objetivo de garantir a conformidade para o transporte.
As embalagens logísticas devem ser corretamente dimensionadas pensando na conservação dos produtos por todo o processo de armazenagem, manuseio e transporte. Quando estamos falando em produtos perigosos a atenção deve ser ainda maior. Dessa forma, é essencial para a segurança da operação uma embalagem e armazenagem correta dos produtos perigosos dentro dos veículos.
A roteirização de cargas é uma metodologia utilizada para determinar o melhor trajeto no processo de coleta e entrega de produtos. Para o transporte de produtos perigosos o transportador deve verificar se existe alguma restrição de circulação pelas rotas disponíveis. Isso porque, veículos que transportam cargas perigosas não podem circular em determinados lugares: como regiões densamente populadas ou próximas de reservatórios de água e reservas ecológicas.
O transporte inadequado de carga perigosa pode causar prejuízos à saúde das populações e ao meio ambiente. Nesse sentido, a primeira pessoa que deve ser protegida é o motorista do veículo. A regulamentação do transporte de cargas perigosas exige que o motorista use Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que variam de acordo com os produtos transportados. Além disso, a empresa deve capacitar o condutor com todos os treinamentos legais previstos para esse tipo de operação.
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